Após criticar o sistema ferry-boat e a demora na aquisição de novas embarcações no meio da semana, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), recuou e admitiu, nesta sexta-feira (16), haver dificuldades no processo de licitação. Ele, no entanto, garantiu que trabalha numa solução para o problema.
O governador também aproveitou a oportunidade para anunciar que fará uma reunião com o intuito de acelerar a licitação para compra de novas balsas, destacando que as embarcações que operam atualmente estão desgastadas e que o processo de licitação atual para a compra de novos ferries não atende aos padrões de rapidez, qualidade e economia.
“Os nossos ferries já estão bastante usados. Eu tenho essa compreensão, sei o meu lugar e vou resolver [o problema]. Farei uma reunião no início da próxima semana para entender o que nós temos que fazer. Eu sei também que temos dificuldades nessas compras. Aqui na América, praticamente, não há disponibilidade para compra de ferries grandes, apenas na Europa. Novamente, eu sei da dificuldade, mas quando a gente faz com seriedade, a gente consegue resolver”, afirmou o governador, durante a inauguração da nova sede da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deltur), no bairro da Barra, em Salvador.
Jerônimo também explicou o processo de licitação dos ferries e comparou com o atual projeto de construção da ponte Salvador-Ilha de Itaparica.
“Eu não anunciei rompimento não, eu falei que esse processo de compra da licitação para novos ferries não está no meu padrão de rapidez, de qualidade, naturalmente de economicidade. Não está. Alguém vai dizer, mas o governador vai comprar ferry boat agora, e a ponte? Mas a ponte e o projeto estão para cinco, seis anos. Se isso acontecer, a gente vai ter seis anos em que as pessoas ainda [vão precisar usar as embarcações], e os ferries já estão bastante usados”, concluiu o governador.
Críticas
Jerônimo criticou, na manhã da última quarta-feira (11), a administração do sistema ferry-boat, serviço que, constantemente, é alvo de críticas por parte dos usuários. Na ocasião, ele também revelou que estuda rever detalhes que envolvem a concessão do modal pela Internacional Travessias, empresa responsável pela gestão do transporte hidroviário desde 2013.
Ele também mostrou insatisfação com a atuação da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), responsável pela fiscalização do sistema e frustrado pela demora na compra de novas embarcações.
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