Com gastos elevados, Sufotur dificulta acesso a dados públicos sobre despesas do órgão

Trilhando um caminho permeado de críticas e contradições à destinação do dinheiro público, Sufotur inviabiliza comunicação
Foto: Divulgação

Com informações Metro 1

Criada no início de março em substituição à extinta Bahiatursa, a Sufotur (Superintendência de Fomento ao Turismo) enfrenta problemas de comunicação e retornos de questionamentos. Com investimentos elevados em festas ao redor do estado, é difícil conseguir acessos referentes aos detalhamentos dos gastos do órgão. 

Desde o seu surgimento, a Sufotur trilha um caminho permeado de críticas e contradições à destinação do dinheiro público. Antes mesmo da fundação jurídica do órgão, foram firmados contratos para o Carnaval de 2023. A situação aconteceu em uma novela administrativa que deixou resquícios.

O envio do projeto de lei à Assembleia Legislativa que autorizaria a criação da superintendência foi realizado às vésperas da folia momesca. Mesmo não tendo respaldo legal para assinar contratos para contratações e pagamentos de empresas, fornecedores e artistas, contratar e pagar artistas, o governo assinou 240 ordens de pagamento no valor de R$ 28 milhões, tudo publicado em nome da Bahiatursa, que já não existia. Nascia então, a corroboração de uma entidade fantasma.

Alegando haver artistas que ainda não receberam pagamentos, o deputado estadual Robinho (União) sugeriu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Sufotur. “Tem cantores [do Carnaval deste ano] que até agora não receberam. […] É uma esculhambação a Sufotur”, afirmou em entrevista ao site Metro1.

Transparência?

A ausência de nitidez nas questões que envolvem a superintendência não para por aí. O investimento nos festejos juninos superou a cifra de 100 milhões de reais, porém a Superintendência não apresentou até o momento, por exemplo e entre outros dados, os gastos com influenciadores digitais contratados para divulgar os eventos. 

Segundo reportagem do portal Metro 1, foi realizada uma solicitação no dia 16 de junho, através do Portal da Transparência. A Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia informou que os dados foram solicitados à Sufotur, que teria prazo de atendimento de 20 dias, prorrogáveis por mais 10. Todos os prazos se passaram e até o presente nada foi informado.

Os entraves também acontecem com a assessoria do órgão, que possui contatos discriminados no portal do governo que não respondem, além de apresentar um endereço de e-mail da antiga e extinta Bahiatursa.

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