Novas regras da Receita para o Pix geram debate e preocupações

Foto: Reprodução/Gov.com

As novas normas da Receita Federal para o monitoramento de transações via Pix geraram polêmica nas redes sociais. A medida exige que bancos e instituições financeiras reportem ao Fisco movimentações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas, com o objetivo de combater sonegadores e modernizar o sistema tributário.

A partir de agora, as instituições financeiras devem informar os valores globais movimentados por Pix, incluindo somatórios de entrada e saída, mas sem detalhamento das partes envolvidas, o que, segundo a Receita, preserva o sigilo bancário. O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que a medida não resultará em notificações automáticas para os contribuintes.

O governo também esclareceu que o Pix não será taxado. Em vídeo divulgado na sexta-feira (10), o presidente Lula desmentiu rumores ao realizar uma doação via Pix e garantiu que a fiscalização visa combater crimes financeiros, como lavagem de dinheiro.

As novas regras ampliam o controle também sobre transações com cartões de crédito e começam a valer para movimentações do primeiro semestre de 2025, com os dados sendo reportados em agosto do mesmo ano. Especialistas destacam que a mudança pode pressionar trabalhadores informais, como autônomos e freelancers, a regularizarem suas atividades por meio do MEI ou Carnê-Leão.

Apesar do objetivo de atingir grandes sonegadores, críticos apontam que o monitoramento pode impactar pequenos negócios e a classe média. O governo, no entanto, defende que a modernização do sistema tributário é essencial para a eficiência da arrecadação e o combate à evasão fiscal. As primeiras declarações envolvendo o Pix devem aparecer no Imposto de Renda de 2026, referente ao ano-calendário de 2025.

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