Brasileiros passíveis de deportação por Trump são equivalentes à população de cidade baiana

Crédito: Lucas Lins/Divulgação

Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20) com um plano para realizar a maior deportação em massa da história. O presidente anunciou um processo massivo de expulsão de imigrantes irregulares, incluindo os 230 mil brasileiros que vivem ilegalmente no país, conforme dados do jornal O Globo. Esse número equivale quase à população de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, que possui aproximadamente 214 mil habitantes, segundo o IBGE.

Em seu discurso inaugural, Trump declarou emergência nacional na fronteira sul dos Estados Unidos e anunciou o envio de tropas das Forças Armadas para reforçar a segurança na região. Ele também afirmou que retomaria a política “Fique no México”, implementada durante seu primeiro mandato, e tomaria medidas rigorosas para interromper a entrada ilegal no país.

“Vamos impedir todas as entradas ilegais e iniciar o processo de deportação de milhões de imigrantes criminosos, enviando-os de volta para os seus países de origem. Vamos reinstituir a política ‘Fique no México’. Vamos acabar com a prática de captura e liberação. Vou enviar tropas para as fronteiras do sul para conter essa invasão que vem acontecendo em nosso país”, afirmou Trump.

Trump também anunciou que invocaria a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798, uma medida excepcional usada em tempos de guerra. A legislação permite a detenção e deportação de indivíduos com base apenas na sua origem, sem a necessidade de julgamento por um juiz de imigração. Historicamente, a lei foi usada para deportar imigrantes e seus familiares, além de forçar 37 mil pessoas a viverem em campos de concentração. “Com base nas ordens que assinei, também classificaremos os cartéis como organizações terroristas estrangeiras. Usando a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798, instruirei nosso governo a mobilizar as forças policiais federais e estaduais para erradicar todas as gangues estrangeiras e redes criminosas que trazem violência e destruição para nossas cidades e comunidades”, disse o presidente.

Além disso, Trump assinou um decreto para acabar com a cidadania automática para bebês nascidos nos Estados Unidos de pais em situação ilegal. A medida reinterpreta a 14ª Emenda da Constituição, que atualmente garante a cidadania a qualquer pessoa nascida em solo norte-americano, independentemente da situação migratória dos pais.

Essa mudança proposta por Trump, que visa reverter um direito garantido pela 14ª Emenda, provavelmente enfrentará desafios jurídicos, pois contraria a Constituição americana. A medida tem como objetivo intensificar o controle sobre a imigração ilegal.

Com informações do Jornal Correio.

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