Guatemala: Suprema Corte suspende resultado das eleições presidenciais

Tribunal lançou suspeitas sobre a lisura do processo eleitoral
A candidata presidencial Sandra Torres obteve 15,86% dos votos | Foto: Reprodução/Facebook

Com informações Oeste

A Suprema Corte da Guatemala acatou o pedido de nove partidos políticos e suspendeu o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais no país. A decisão foi tomada no domingo 2.

A medida, segundo a Corte, foi adotada para permitir a avaliação de suspeitas de irregularidades e garantir a segurança do processo eleitoral. A suspensão dos resultados também ocorreu por causa das denúncias de que mil atas eleitorais, correspondendo a menos de 1% do total, teriam sido alteradas.

A denúncia foi formalizada pelo Partido Valor, pelo qual Zury Ríos, filha do ex-ditador Efraín Ríos, concorria à Presidência.

Os candidatos social-democratas Sandra Torres (15,86%) e Bernardo Arévalo (11,77%) foram os mais votados entre 22 concorrentes. O segundo turno no país está previsto para ocorrer em 20 de agosto.

Agora, vão ser realizadas novas audiências de revisão de votos pelas Juntas Departamentais e Distritais Eleitorais. O resultado oficial do primeiro turno só será anunciado depois da conclusão dessa revisão, que tem prazo máximo de 115 dias.

Reação internacional

juan guaidó
Sessão plenária da Assembleia Geral da OEA | Foto: Reprodução/YouTube

A decisão de suspender o resultado das eleições na Guatemala gerou reação internacional. A União Europeia (UE) pediu que as instituições judiciais e os partidos políticos respeitem a vontade dos cidadãos expressa livremente nas eleições.

Já a Organização dos Estados Americanos (OEA) pediu que os Poderes do Estado respeitem a separação de Poderes e a integridade do processo eleitoral.

A interferência do Judiciário nas eleições guatemaltecas já vinha chamando a atenção internacional. O Supremo Tribunal Eleitoral do país negou a candidatura presidencial da líder indígena Thelma Cabrera, alegando que seu companheiro, Jordán Rodas Andrade, estava enfrentando acusações criminais.

Além disso, o deputado Aldo Dávila, crítico do governo de Alejandro Giammattei, foi excluído do processo eleitoral por denúncias de funcionários públicos contra ele.

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